Do Amor ao Ódio...

Do Amor ao Ódio...

Há quem diga que a linha que os separa é ténue. Eu não acredito muito pelo contrário, acho que há um fosso tão grande entre os dois que é impossível passar-se de um para o outro assim de repente.
Eu vejo as coisas desta maneira, ou não se amou, e por isso se odeia, ou se ama. Ponto.
E vejo o amar entrar aqui no presente porque o amor nunca deixa de existir.
Eu amo.
Nunca deixarei de amar. Mesmo que esse alguém não esteja ao lado desse amor e quando falo de amor falo também de amizade, porque também existe amor entre amigos.
Quando alguém de fora entra na nossa vida, é porque veio por algum motivo, e isso muda-nos um pouco.
E nunca nos será indiferente...
Quando pegamos na mão do outro, o entrelaçar dos dedos manter-se-á firme, mesmo quando uma daquelas mãos já não estiver junto da outra.
Há quem diga que o amor não pode ter um lado só, eu acho e acredito que pode.
Há histórias de amor e de amizade sem finais felizes, sem o viveram ou ficaram unidos para sempre.
Mesmo que aos olhos de quem me lê não seja compreendido… Mas poderão os olhos de fora olhar o amor ou a amizade?
Poder podem, mas nunca o conseguirão ver na plenitude.
Poderão os de fora ver coisas que quem ama não vê? Podem, mas são apenas coisas e essas não me interessam.
Coisas que nunca farão diferença num coração ligado a outro coração, numa junção perfeita do que é o amor de verdade ou uma amizade verdadeira.
O amor não se apalpa, sente-se, o amor também não tem forma.
Dizem que é vermelha a cor do amor pelo menos é assim que o associam, eu acho que é talvez pelo sangue que nos corre nas veias, se deixar de correr e não chegar ao coração que o faz bombear ele morre.
E eu entendo o amor como vida. Se é vida faz parte da minha, será sempre meu.
Mas tal como em tudo na vida há amores que se foram embora, o meu não foi.
Mas alguns amigos foram, mas eu fiquei.
No mesmo lugar. Mas houve um dia em que saí do sítio onde me encontravam sempre, e talvez por isso seja mais difícil encontrarem-me.
Ou talvez um dia volte lá...
Dizem que voltamos sempre ao sitio onde fomos felizes, mas também tenho a certeza que não o encontramos igual ao que um dia foi, se fosse igual também não teria graça.
Porque talvez voltássemos a encontrar aqueles que deixamos para trás, do lado oposto ao nosso trajeto ao que decidimos seguir.
E essas pessoas não seriam as mesmas que um dia admiramos ou amamos, mas nunca podemos esquecer que mesmo não sendo importantes agora já o foram.
E não se passa do amor ao ódio, porque houve uma fase da nossa vida em que já foram nossos.
Agora só estamos em lados diferentes uns dos outros, o tal que nos separa e cada um terá asas para voar para onde quiser.
Marlene.❤