É tudo do país e do mundo.
É tudo do país e do mundo.
Ontem estava a ver o alta definição e o entrevistado era o grande jornalista que tanto admiro, Rodrigo Guedes de Carvalho.
Um homem de um carater impar, um profissional de extremo profissionalismo na forma como todos os dias nos faz chegar a casa as noticias do país e do mundo de uma forma impar e credível.
Sempre o admirei como profissional, mas havia algo nele que me chamava mais ainda a atenção não sei se gostava dele só dentro do ecrã ou se fora dele o sentimento seria o mesmo.
Ontem tive a confirmação total da minha incerteza, esbarrei-me com um homem de uma sensatez e humanismo fora do comum, acho-o um homem bonito mas com um ar sério e pouco simpático.
Tal como muitos me veem a mim, e fiquei estupefacta quando disse que fazia anos no dia 14 de novembro o mesmo dia do meu aniversário.
Sabia que aquele homem de ar sério tinha muito mais coisas bonitas escondidas em si.😊
Entretanto fui ouvindo o que tinha para nos contar, descobrir um homem totalmente diferente daquele que vemos no ecrã.
Gostei dele, identifiquei-me com ele estava incrédula com as respostas e tudo aquilo que o chateava e que gostava.
Pensei não é possível revejo-me em tanta coisa que diz!!!
Falou dos afetos, do que guarda só para si, dos avós, principalmente do avô paterno que tanto admirava, falou do amor que sente pelos filhos e da sensação que teve quando teve o primeiro filho.
Olhava para ele e pensava este é o meu filho e agora o que faço com ele?
Das noites mal passadas durante um mês em que o bebé chorava a noite toda sem motivo aparente e que dava vontade de o abanar, como que a dizer o que queres?😂
Ri-me porque muitas vezes me deparei com o mesmo e desesperava, porque tão depressa estava com ela ao colo a olha-la, como quando entrava naquele seu choro histérico que me fazia desesperar e atirava com ela pela cama, tal era a loucura em que me deixava.
Parecia uma enorme sensação de dualidade ora de raiva como de repente me acalmava e a abraçava.
Vi nele o mesmo que vejo em mim, precisa de amor para sobreviver, precisa de ser amado para saber amar.
Precisa dos seus momentos a sós, tal como eu para ficar sozinha comigo e com os meus sentimentos.
E disse outra coisa que me deu vontade de rir (enquanto via a entrevista dele tinha o meu marido a meu lado e eu repetia consecutivamente este homem é igual a mim, ao que ele estava perplexo, porque tenho a certeza que concordava com tudo o que ouvia e eu dizia que ele era igual a mim).
Ele disse que é uma pessoa que muitas vezes demonstra não estar atento ao que a mulher lhe diz, mas está, disse que muitas vezes ela lhe diz gosto desta coisa uma mala ou outra coisa qualquer, é capaz de lhe dizer em julho ele faz de conta que não ligou, mas chega o natal e ele oferece-lhe aquilo que ela gostava.
O que demonstra que não ignorou o que ouviu, mas que gosta de surpreender… Tão eu!!!
Conseguiu ao longo da sua entrevista fazer-me viajar nos meus sentimentos que muitas vezes deixo guardados para não sofrer… Tal como ele.
E referiu que tinha muita dificuldade em falar quando se sentia magoado com alguém e que remoía naquilo vezes sem conta, como eu o entendo… porque sou assim.
Ou melhor era, tal como ele aprendi a não dar importância ao que não tem, tentar relativizar para não sofrer e falar para não remoer mais.
Foi sem dúvida uma entrevista marcante...
Mas ouve uma parte que me emocionou particularmente foi, quando disse que se despediu de todos os seus mortos com um beijo como sempre o fez em vida.
Porque não dar um beijo no corpo de quem partiu?
Referiu que o avô partiu primeiro que a avó e que quando ela partiu, lhe disse uma mensagem ao ouvido que guardará sempre com ele...
Nunca pensei ouvir e ver neste homem tanta generosidade e bondade juntas um homem de sentimentos que não conseguimos ver no ecrã.
Ele disse ser uma pessoa sética, não tem religião mas que havia uma frase de um escritor que não se recordava o nome, mas que nunca mais esqueceu que é;
Será que os mortos sentem saudade?
Pensou que se isso acontecer deve de ser difícil porque não os conseguimos ouvir, nem conseguimos saber o que sentem...
Sabe meu caro Rodrigo, se me permite trata-lo assim, eu acho que sentem e sentem tanto que quando nós partirmos para o outro lado, iremos lembrar-nos muitas vezes dos tempos que andávamos aqui e pensávamos nesta frase.
Aí vamos perceber que a vida só faz sentido se nos mantivermos vivos na memória dos que ficam, e que deixamos saudades nos seus corações.
E quando nós partirmos e tivermos essa resposta espero sinceramente que quem fica sinta saudades nossas.
É sinal que marcamos a vida de alguém principalmente dos nossos.
Despeço-me de si com a sua eterna frase "É tudo do país e do mundo"
Marlene.❤
👏👏👏👏
ResponderEliminarÁs vezes basta uma entrevista para conhecermos melhor quem nos entra todos os dias em casa pelo ecrã da nossa televisão.
EliminarBeijinhos querida Zeca e obrigada por estar sempre aqui;
O MEU, O TEU, O NOSSO LUGAR!!!
Já o admirava mas depois de ontem passei a admirar ainda mais:)
ResponderEliminarBeijinhos e obrigada por estares sempre aqui;
O MEU, O TEU, O NOSSO LUGAR!!!
O senhor televisão!
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